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Colisão deixa motociclista ferido em Venâncio Aires

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Um acidente de trânsito registrado no início da manhã deste sábado, 10, deixou um motociclista gravemente ferido. O sinistro aconteceu na esquina das ruas 13 de Maio e Henrique Myllius, no Centro de Venâncio Aires.

Com o impacto da colisão entre a motocicleta que ele conduzia e um veículo Volksvagen Gol, o homem foi arremessado para a calçada, ficando com ferimentos graves. Ele foi entubado no local pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) em estado gravíssimo.

Os ocupantes do veículo não tiveram ferimentos. Uma guarnição da Brigada Militar de Venâncio Aires também esteve no local e a ocorrência será apresentada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

Eliomar Marcon assume a presidência do Guarani

Por Roni Müller

No começo da noite desta sexta-feira, 9, membros do Conselho Deliberativo e ex-presidente do Esporte Clube Guarani, estiveram reunidos na sede da instituição. O encontro foi marcado pela eleição do novo presidente. Por votação secreta e com alto percentual de aprovação, Eliomar Marcon foi eleito para o cargo.
“Foi uma luta achar um novo presidente, mas felizmente obtivemos êxito. Acredito que essa nova diretoria que está se formando tem plenas condições de reerguer o clube”, comentou Silvio Nervo, presidente do Conselho.

Após os aplausos dos presentes, Eliomar disse que o desafio está aí e agora é trabalhar para fazer com que o Guarani volte a ser referência outra vez. “Aqui no Guarani temos que dar vida nova em todos os setores. O Guarani já foi grande e voltará logo, logo ao cenário de destaque do futebol. Vamos trabalhar em conjunto para fortalecer o clube”, disse o novo líder. A posse oficial da diretoria terá a data definida nos próximos dias.

Parte da nova diretoria tem:
Presidente: Eliomar Marcon
Vice-presidente: Márcio Rosiak
Diretor de Futebol: Michael Wrzos, Agência Premium Wrzos Europa LTDA
Diretor Financeiro: Jorge Antônio da Silveira
Diretor de Patrimônio: Marcos Roberto Moraes
Diretor de Marketing: Cristiano Wildner

Diretor da Anvisa garante que a COP 10 não irá interferir no resultado da consulta pública sobre cigarros eletrônicos

Durante uma reunião realizada nesta quinta-feira, 8, na Cidade do Panamá, o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Daniel Meirelles, garantiu que as discussões que estão sendo realizadas na 10ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco relacionadas aos novos produtos de tabaco não terão influência na decisão do órgão sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Uma consulta pública da Anvisa sobre o assunto encerra nessa sexta-feira, 9, no site da agência. Conforme a resolução em vigor, no Brasil é proibida a fabricação, importação, comercialização e publicidade de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), desde 2009. Até a última segunda-feira, 5, a Anvisa já havia recebido 7.677 contribuições sobre o tema.

Após esse período de recebimento das contribuições – que foi de 60 dias -, a Anvisa irá avaliar e a diretoria colegiada terá que votar. O setor produtivo alega que, mesmo sendo proibidos, os DEFs são amplamente comercializados, porém, sem procedência sanitária e geração de impostos sobre a venda destes produtos.

Embaixador do Panamá levará pleito dos trabalhadores do tabaco ao Itamaraty

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O embaixador Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva, chefe da delegação brasileira na Conferência das Partes para o Controle do Tabaco (COP-10), recebeu nesta quinta-feira, 8, a representação dos trabalhadores rurais e da indústria. A agenda, realizada na sede da embaixada, no Centro da Cidade do Panamá, foi acompanhada também pelo presidente da Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA – sigla em inglês), José Aranda. No encontro, o diplomata reforçou sua condição de ouvinte e prometeu relatar ao governo federal os dados apresentados pelos trabalhadores do tabaco.

Para o Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (FENTIFUMO) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (NOVO STIFA), Gualter Baptista Júnior, a visita serve, mais uma vez, para reforçar a apreensão do setor com os 40 mil postos de trabalho diretos gerados pelas indústrias, nos três estados da Região Sul do Brasil. “Esta é uma grande preocupação, pois quando se vive em uma cidade grande, existem muitas opções profissionais. No entanto, nos municípios do interior do Brasil há uma realidade diferente. A indústria do tabaco é uma opção que oferece renda e oportunidade, especialmente para aqueles profissionais que o mercado de trabalho barra, seja pela qualificação ou pela idade”, defende.

Baptista Júnior fez a entrega de um documento com os dados da safra 2023, quando foram empregados, somente em Santa Cruz do Sul, 12 mil trabalhadores no segmento. “Quando se vê este movimento ao redor da possibilidade de uma redução de área plantada, que impacta na geração de empregos na indústria, nossa inquietação está relacionada com a manutenção desses empregos. A nossa expectativa é retornar ao Brasil com uma boa notícia para os trabalhadores”, frisa o Presidente da FENTIFUMO e do NOVO STIFA.

O embaixador Abreu e Silva ressalta que a sua figura como chefe da delegação brasileira na COP-10 é apenas de liderança, sem a capacidade de interferência direta no secretariado que organiza o evento. “Nós não temos relação com o secretariado da COP-10, apenas recebo os senhores e suas defesas de ponto de vista, que na minha opinião ocorre de forma bem mais eficiente no Brasil, e junto à comissão que trata do tema. O secretariado da COP pode determinar quem entra e quem pode participar. Na realidade, é muito pouco o que podemos fazer aqui, o trabalho maior ocorre no próprio Brasil”, esclarece.

No entanto, com base nos relatos e no acompanhamento da situação da delegação que saiu do Rio Grande do Sul rumo ao Panamá – e teve a participação barrada durante o evento – o embaixador comprometeu a encaminhar, via relatório, os dados e anseios dos trabalhadores ao Palácio Itamaraty, sede das relações internacionais do Brasil. “Não criem tanta expectativa no que eu posso fazer. O papel do embaixador é ouvir toda a sociedade brasileira e isso é o que temos feito, iremos transmitir esta preocupação de vocês para o governo federal”, complementa.

Representatividade dos produtores de tabaco

Em nome das mais de 125 mil famílias que, no Sul do Brasil plantam tabaco, o vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider e o tesoureiro da entidade, Fabrício Murini participam da COP-10 e encontraram-se com o embaixador do Panamá, Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva. Schneider é também presidente da Câmara Setorial do Tabaco – órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) – e assim como as demais entidades, manifesta temor com as decisões da COP-10. “Nossa responsabilidade aqui é grande, pois os produtores de tabaco dependem desta atividade econômica. Porque não há uma outra cultura que possa servir para a sustentabilidade destas famílias, geralmente proprietárias de pequenas áreas de terra. O tabaco representa mais de 50% de receita gerada na maioria das propriedades produtoras”, pontua.

O dirigente destacou ainda que, somente na safra 2023/24, a entidade já foi acionada por mais de 30 mil produtores, que tiveram perdas com granizo e temporais. “Este é mais um benefício que é exclusivo da produção de tabaco. Não é um seguro restituído por banco ou governo. É pago pela Afubra aos seus associados”, explica Schneider.

José Aranda, presidente da Associação Internacional de Produtores de Tabaco (ITGA), relatou que a maior dificuldade quando se fala em produção de tabaco é a substituição de culturas. “Assim como o governo do Brasil, o governo da Argentina, meu país de origem quer que haja a substituição, mas esta possibilidade não existe. Hoje estamos aqui apenas para contribuir com esta agenda brasileira com o embaixador”, confirmou o presidente. A ITGA foi fundada há 40 anos, e um dos países fundadores é o Brasil.

Fonte: AI Fentifumo e Stifa

“Queremos que os agricultores tenham acesso a alternativas para diversificar”, afirma secretária-executiva da Conicq

Ao avaliar o anúncio do governo brasileiro de que irá retomar o Programa de Diversificação de Cultivos em Áreas Produtoras de Tabaco, a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco e de seus Protocolos (Conicq), Vera Costa e Silva, observou que a diversificação é uma das premissas do artigo 17 da convenção e comemorou o anúncio.

“A gente sabe que há muitos fumicultores que plantam o tabaco porque não têm outra alternativa”, disse ela. A notícia da retomada do programa, em âmbito federal, ocorreu na noite de ontem, na Cidade do Panamá, em meio à realização da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.Conforme ela, essa iniciativa mostra que o governo federal quer dar alternativas a esses plantadores, garantir assistência técnica e financiamento para essa diversificação.

De acordo com a secretária-executiva, que já foi chefe do secretariado da Convenção-Quadro no âmbito da Organização Mundial da Saúde, esse anúncio não tem influência nas discussões da COP, embora tenha sido feito em meio ao evento. “Essa é uma notícia para o produtor brasileiro. É o governo cuidando da parte mais frágil da cadeia produtiva do tabaco, porque o que a gente espera é exatamente isso, que se cuide desses plantadores, a gente se importa muito com eles e quer muito que eles realmente tenham acesso a alternativas”, finalizou.

Um convite para visitar o Rio Grande do Sul

De forma inédita, o Governo do Estado enviou à Cidade do Panamá um representante, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini. Também na lista das lideranças impedidas de participar da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, Santini vem liderando reuniões junto com deputados estaduais e federais a fim de garantir, de forma paralela, acesso a informações do evento.

Na terça-feira, 6, à noite, durante uma reunião com membros da delegação do Brasil na COP, realizada em um hotel, no centro da Cidade do Panamá, Santini conversou com a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco e de seus Protocolos (Conicq), Vera Costa e Silva.

Em um conversa informal, além de destacar as iniciativas do Governo gaúcho em apoio à agricultura familiar e evidenciar o trabalho da Emater, o secretário convidou Vera Costa e Silva a verificar ‘in loco’ a imporância do agronegócio no Rio Grande do Sul e sugeriu, inclusive, que ela conheça alguma feira voltada ao agro gaúcho, citando como exemplo a Expodireto Cotrijal, no município de Não-Me-Toque.

“A diversificação inclui o tabaco”, defende presidente da Câmara Setorial

Na noite desta quarta-feira, 8, o Governo Federal anunciou a retomada do Programa de Diversificação de Cultivos em Áreas Produtoras de Tabaco. A informação chega em meio à realização da 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, na Cidade do Panamá. Em nota oficial, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) disse que “este é um passo significativo em nossa jornada para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e saudáveis”.

Para o presidente da Câmara Setorial do Tabaco e vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, que está na Cidade do Panamá para acompanhar as mobilizações em torno da conferência, a notícia é importante para os produtores brasileiros, mas defende que a “diversificação inclui o tabaco e não exclui”, frisa. A mesma posição foi destacada por ele durante reunião paralela com representantes da delegação brasileira na COP 10, na noite de ontem. “Tem milhares de propriedades que não sobrevivem plantando outras culturas e sim, só sobrevivem por causa da receita do tabaco”, analisa.

Em entrevista à Folha do Mate e Rádio Terra FM, Schneider também manifesta cautela com o que está sendo anunciado, ao lembrar de uma experiência que o país teve anos atrás. “No passado foram tomadas algumas iniciativas em algumas regiões e a gente sabe que esses trabalhos não deram resultado positivo. Primeiro porque foram talvez mal estruturados e quando acabou o dinheiro que foi destinado gratuitamente para essa finalidade, também terminou o trabalho da diversificação”, recorda.

Segundo o presidente da Câmara Setorial, que já se prontificou ao MDA para trocar experiências, parte fundamental deste programa é a garantia de mercado para o que será produzido. “O mercado tem condições de absorver essas quantidades? O mercado tem condições de pagar os preços normais que irão proporcionar rentabilidade? O produtor pode apostar nisso e tem para quem vender, para não seguir os exemplos que no passado já aconteceram de que o produtor optou pela diversificação, ou seja, foi para uma nova atividade, deixou o tabaco de lado, recebeu até empréstimos para fazer essa nova atividade, só que depois para pagar esse empréstimo, teve que voltar a plantar tabaco para poder pagar a sua dívida”, salientou.

Federação dos Trabalhadores das Indústrias do Fumo denuncia a invisibilidade do trabalhador na COP

A Federação Nacional dos Trabalhadores das Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) apresentaram a realidade do trabalhador que atua na indústria do tabaco.

Na busca por respostas sobre o posicionamento do Brasil diante da 10ª Conferência das Partes para o Controle do Tabaco (COP-10), a representação dos trabalhadores compartilhou a angústia de quem acompanha, de longe, as discussões que têm impacto no cotidiano da atividade.

O Presidente da Fentifumo e Stifa, Gualter Baptista Júnior, que acompanha o evento mesmo sem ter acesso à plenária e às discussões, usou a palavra no encontro promovido pelo embaixador Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva para exibir a invisibilidade do trabalhador na conferência. “Hoje aqui eu represento mais de 40 mil trabalhadores, que na maioria das vezes, se quer são citados nestas discussões. Estou falando de 40 mil rostos, 40 mil vidas e 40 mil sonhos, pois nenhum deles prefere receber ajuda de governo do que trabalhar. São pessoas que estão, assim como nós, apreensivas diante do que pode ocorrer nesta conferência”, alerta.

Baptista Júnior criticou também a falta de acesso ao posicionamento do Brasil. Como signatário da COP, o país precisa formalizar uma posição ao evento, que só avança no que se refere a medidas de controle do plantio e consumo do tabaco com o consenso dos 183 países participantes. “Estamos aqui em busca de respostas, para que quando retornarmos ao Brasil possamos olhar na cara dos nossos representados para dizer a verdade”, pontua.

O presidente da Fentifumo e do Stifa ressaltou ainda o respeito que se dá, por parte da indústria aos trabalhadores, tanto na cidade quanto no meio rural. “Estamos falando de uma cadeia produtiva que não coleciona maus exemplos como trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão. Isso não ocorre no tabaco porque há seriedade e tradição nesta atividade secular”, defende.

Sem a devida resposta por parte da representação brasileira na COP-10, Baptista Júnior confirmou que irá continuar até o fim da conferência, no próximo sábado, dia 10, acompanhando mesmo que de maneira remota os desdobramentos do evento. “É por todos estes trabalhadores, que não querem perder seus empregos e ir para as filas do auxílio que estamos aqui. E para eles temos a obrigação de dar respostas precisas acerca de tudo que pode, de certa forma, interferir em seus empregos”, complementa.

Fonte: AI Fentifumo e Stifa

Governo federal confirma retomada do Programa de Diversificação de Cultivos em Áreas Produtoras de Tabaco

Na noite desta quarta-feira, 7, o representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o engenheiro agrônomo Marisson Marinho, anunciou durante reunião na Cidade do Panamá, que o governo brasileiro irá retomar o Programa de Diversificação de Cultivos em Áreas Produtoras de Tabaco.

Marinho desembarcou hoje na capital panamenha para integrar a delegação brasileira na 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. O evento iniciou na segunda-feira, 5, e segue até sábado, 10.

O anúncio foi feito durante reunião entre representantes da cadeia produtiva do tabaco e parlamentares com membros da delegação brasileira na COP. A presença de um titular do MDA como membro oficial foi solicitada por lideranças políticas que estão na Cidade do Panamá para acompanhar os desdobramentos e decisões tomadas na COP.

Confira a manifestação oficial do Ministério:

Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) reafirma oficialmente o posicionamento feito por seu representante na 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), que está sendo realizada nesta semana no Panamá: a retomada do Programa de Diversificação de Cultivos em Áreas Produtoras de Tabaco.

Este é um passo significativo em nossa jornada para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e saudáveis.

A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que é administrada pela Organização Mundial da Saúde, foi estabelecida em 2003 com o objetivo de abordar as questões relacionadas ao consumo do tabaco e reduzir os danos à saúde associados a ele.

Um dos pilares desta convenção é incentivar os países a considerarem a diversificação de culturas, oferecendo alternativas sustentáveis para os agricultores familiares que dependem da indústria do tabaco.

Reconhecemos a importância do tabaco como fonte de renda para muitos agricultores familiares em nosso País, especialmente nas regiões Sul e Nordeste do Brasil, onde a produção de folhas de fumo é significativa.

Por isso, não podemos privar os nossos agricultores familiares da fonte do seu sustento econômico.

Nesse sentido, o MDA está comprometido em apoiar os agricultores familiares que produzem tabaco no Sul e no Nordeste para que eles possam diversificar a sua produção de forma gradual e economicamente sustentável.

Nosso programa de diversificação já foi internacionalmente reconhecido pela CQCT, e estamos empenhados em revitalizá-lo e fortalecê-lo ainda mais.

O diálogo com a sociedade será fundamental para garantir o sucesso deste projeto e para promover o bem-estar dos nossos agricultores familiares.

Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Governo Federal confirma que enviará representante do Ministério de Desenvolvimento Agrário para a COP 10

Após pressão política de deputados e do secretário de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Ronaldo Santini, o Governo Federal encaminhará um representante do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) para participar da 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, evento internacional que ocorre ao longo desta semana, no Panamá. Esse membro irá integrar a delegação oficial do Brasil a partir desta quarta-feira, 7, terceiro dia do evento internacional. A solicitação foi feita com objetivo de garantir maior representatividade dos agricultores e equilíbrio nas decisões na conferência.

A delegação oficial é composta por representantes do Ministério de Saude, da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Escola Nacional de Saúde Pública, Instituto Nacional do Câncer (Inca), Advocacia-Geral da União (AGU) e um representante do Ministério da  Agricultura e Pecuária (Mapa).

“Acredito que, entre todos os ministérios que integram a Conicq, esse é o ministério que mais se completa com o tabaco e pode fazer um contraponto nas discussões”, disse o deputado federal Marcelo Moraes (PL). “Essa pressão, essa união de esforços foi fundamental”, completou o parlamentar Edivilson Brum (MDB), ex-prefeito de Rio Pardo. 

Comitiva de parlamentares divulga nota de repúdio no Panamá

Deputados estaduais e federais assinaram nesta terça-feira, 6, uma nota de repúdio diante da negativa de acesso da comitiva parlamentar na Conferência das Partes da Convenção- Quadro para o Controle do Tabaco (COP 10).

No documento oficial, os parlamentares gaúchos e um catarinense cobram a falta de informações e justificavas para a restrição de acesso deles e também dos jornalistas brasileiros. “A liberdade de imprensa e a liberdade de jornalistas em atividade são fundamentais para s preservação da democracia e a garantia de um ambiente em que as informações possam ser difundidas de forma livre e justa”, diz trecho a manifestação.

O documento é assinado pelos deputados federais Heitor Schuch, Marcelo Moraes, Rafael Pezenti, e os estaduais Marcus Vinícius de Almeida, Zé Nunes, Edivilson Brum e Silvana Covatti.

  • A jornalista Letícia Wacholz representa a Folha do Mate e Terra FM na Cidade do Panamá.

Confira a nota na íntegra

A comitiva brasileira, composta por deputados estaduais, federais — devidamente autorizados pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e da Câmara Federal, designados na condição de representantes do legislativo em Missão Oficial —, vem a público externar repúdio à conduta da organização da 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), no seu primeiro dia de evento, em 05 de fevereiro de 2024, no Panamá.

Registra-se que em COPs passadas, parlamentares, em condições inclusive diferentes dessa, quando ainda não dispunham da chancela de missão oficial instituída, tiveram seu acesso na modalidade de “observadores” aprovados. Inclusive com cadastros efetuados na data de início do evento. Membros do parlamento gaúcho, e brasileiro (ainda que com limitações regimentais) puderam, no passado, acompanhar os debates e discussões nas conferências. Contudo, desta vez, sem justificação clara, objetiva e oficial por parte dos organizadores deste evento (público), deputados e representantes do Governo do Estado do Rio Grande do Sul não tiveram suas credenciais liberadas, bem como o exercício de suas prerrogativas constitucionais de fiscalização foram tolhidos.

Causou repulsa maior aos que subscrevem, os gestos de autoritarismo manifestados contra os representantes da imprensa brasileira, os quais foram impedidos de acessar as áreas internas do Centro de Convenções. Os profissionais oriundos do Estado do Rio Grande do Sul foram relegados a condições humilhantes, expostos ao sol e a temperaturas elevadas, sem acesso adequado a água e sanitários. O grupo de repórteres, que buscava exercer legitimamente seu trabalho, foi expulso do saguão do centro de eventos pela segurança sem exposição de motivos .

Veículos idôneos, com conduta profissional responsável e isenta como o Grupo RBS (Jornal Zero Hora e Rádio Gaúcha), Folha do Mate, Rádio Terra FM, Olá Jornal, Rádio Acústica, Sul TV, Grupo Costa Doce, Canal Rural, Rádio Gazeta e Jornal Gazeta do Sul, tiveram de deixar as dependências do local, e seus jornalistas designados para cobertura foram orientados a trabalharem, sem assim quisessem, do lado de fora, sentados junto ao cordão da calçada.

A ruptura ao livre exercício de imprensa e profissão configura-se ainda mais grave, pois o mesmo ocorreu em um evento financiado com dinheiro público brasileiro. Nossa comitiva julgou inaceitável a Organização Mundial da Saúde ignorar princípios basilares da democracia.
Cumpre pontuar que a Constituição Federal do Brasil reforça o direito à liberdade de imprensa por meio dos artigos 220 a 223. Sendo que no artigo 220, está positivado que nenhum embaraço à liberdade de informação ou a censura deverá ser tolerada.

A liberdade de imprensa e a liberdade de jornalistas em atividade são fundamentais para a preservação da democracia e a garantia de um ambiente em que as informações possam ser difundidas de forma livre e justa, ou seja, com os profissionais podendo ter acesso às fontes. A base dos direitos do jornalista, para além da nossa constituição, encontra-se nas declarações universais dos direitos humanos, com ênfase no artigo 19, que ressalta: “[…] este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e de independente de fronteiras”.

Uma conferência da Organização Mundial da Saúde, órgão ligado à Organização das Nações Unidas, renega o direito de exercício dessa profissão fundamental à democracia fere tratados internacionais como o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e o Marco normativo da Unesco.

Os deputados federais, aqui presentes, salientam que se a partir do dia 06/02 ocorrerem novamente restrições ao acesso da imprensa gaúcha sem justificativa ou motivações devidamente expostas e plausíveis, convocarão as autoridades brasileiras, que compõem a delegação designada pelo Governo Federal, para apurar se houve interferência (positiva ou omissa) para que a liberdade de imprensa a cidadãos brasileiros fosse sequestrada no Panamá, buscando a responsabilização daqueles que possam ter tido participação nesta condição.

A comitiva, registra, entretanto, que em sua audiência com o Embaixador do Brasil no Panamá, Sr. Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva, defendeu com veemência que o país garanta a liberdade de jornalistas brasileiros no solo panamenho. Além disso, requereu um posicionamento responsável do Brasil na COP, de modo que não sejam gerados prejuízos de natureza econômica e social.

Salienta-se, ainda, que o acesso às reuniões diárias de debriefing que serão promovidas pela embaixada são de grande relevância. Razão pela qual, saúda-se o chefe da delegação pela disposição e iniciativa. Nestes encontros, buscar-se-á viabilizar a transparência, o exercício do diálogo e consequente valorização da democracia. A comitiva fará-se presente e participativa em cada debate.