Iniciou ontem, em Venâncio Aires, mais uma edição da ‘Operação Papai Noel’. Durante todo este período natalino e das festas de fim de ano, a Brigada Militar receberá reforço no efetivo, com a intenção de evitar ações criminosas, já que neste período há uma maior circulação de dinheiro, principalmente na área comercial.
Para dar tranquilidade aos comerciantes e às pessoas que irão às compras, a BM montou uma estratégia de atuação. A principal é dar visibilidade ao seu trabalho, através de rondas a pé e motorizada, e de abordagens rotineiras. “Vamos intensificadas as ações de contenção, especialmente junto ao transporte coletivo e aos veículos em geral, como forma de marcar a presença da Brigada Militar no exercício de polícia ostensiva”, avisou o sargento Moura.
O aumento do policiamento a pé, na área comercial, é o que mais marca a ‘Operação papai Noel’. Desde ontem é possível ver policiais militares, em duplas, circulando pelas ruas centrais. ‘É uma época em que aumenta muito o fluxo na área comercial, de dinheiro e de pessoas, por isso primamos em levar mais segurança a toda a comunidade”, observou a capitão Michele da Silva Vargas.
O reforço será feito, basicamente, soldados recém formados, no pólo de Rio Pardo. Dois deles (de um total de 864) permanecerão em definitivo na Capital do Chimarrão.

Orientações

Mas não basta a BM fazer a sua parte ostensivamente, marcando presença nas ruas, realizando abordagens e identificando quem circula pela área central, se os comerciantes e demais pessoas da comunidade não fizerem a sua. Uma das orientações, para as pessoas que vão às compras, é de carregar o mínimo de dinheiro possível, para não chamar a atenção.
A orientação da comandante da 3ª Companhia é que os pagamentos sejam feitos com cartões bancários, pix ou outras formas que não seja o uso do dinheiro em espécie.
Aos comerciantes, a orientação é clara: “Se desconfiarem da conduta de pessoas que fogem à normalidade, anotem as características das roupas, acessórios, veículos e a direção que seguiram e entrem em contato conosco”, pediu a capitão Michele. “Só assim, segue a oficial, será possível fazermos uma averiguação”.

Com a confirmação de pagamento, por parte do Governo do Estado, de dívidas referentes aos programas municipais de saúde pactuados e não empenhados no período de 2014 a 2018, Venâncio Aires vai receber R$ 2,9 milhões e o prefeito Jarbas da Rosa já definiu onde investirá os recursos: na construção do novo Centro Materno Infantil (Cemai).
O projeto finalizado pelo setor de engenharia do Município foi apresentado na tarde de ontem, tem 800 metros quadrados e deve ser encaminhado para licitação nos próximos dias. A construção deve iniciar no próximo ano em terreno ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, no bairro Cruzeiro.
Destinado aos atendimentos de pré-natal e primeira infância, atualmente o Centro Materno Infantil funciona junto ao Posto de Saúde Central. “Era nossa meta prioritária na atenção básica de saúde oferecer um ambiente acolhedor e funcional para mães e crianças. Fico muito satisfeito que estamos conseguindo tirar do papel esse projeto ainda no primeiro ano de governo”, salienta o prefeito e secretário da Saúde, Jarbas da Rosa.

Estrutura

O engenheiro responsável pelo projeto, Marco Aurélio Holtz, explica que a unidade prevê quatro consultórios médicos e um de enfermagem para atendimentos ginecológicos e obstétricos, três consultórios médicos para pediatria, duas salas para procedimentos, consultório para atendimento psicológico, consultório de nutrição, consultório odontológico, sala para imunização, sala para amamentação, sala para nebulização, farmácia e sala multifuncional para reuniões, apresentações e atendimento jurídico. Apesar da construção com recursos próprios, a Administração seguirá em busca de projetos e emendas para a equipação e mobiliário do novo centro.

Está em fase de término da estrutura física a Incubadora Tecnológica de Venâncio Aires. A sala está sendo preparada dentro de campus local da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e, a expectativa, é que até janeiro seja feito um ato formalizando a conclusão do espaço.

As informações são do reitor eleito da Unisc, Rafael Henn. Segundo ele, houve atraso com materiais e por isso o local ainda não está totalmente pronto. “De qualquer forma, já tem um técnico no campus preparado para dar todas as informações a quem procurar orientação”, destacou Henn.

Assim que entrar em funcionamento, a incubadora vai funcionar em uma sala de coworking (espaço colaborativo) para empresas ainda em formação. É por isso, aliás, que o nome é ‘incubadora’, porque vai ajudar empreendedores que ainda não conseguem caminhar sozinhos e precisam de assessoria em Direito, Contabilidade e Administração, por exemplo, a ter condições de tocar seus negócios de forma independente.

“O processo é pensado para que aconteça antes de existir o CNPJ da empresa. Haverá professores que vão garantir todo um cuidado nas orientações para que então se transforme esse embrião, essa ideia de negócio, em uma empresa.”

Prática

Embora a incubadora de Venâncio também esteja atrelada à tecnologia, Rafael Henn diz que, inicialmente, não haverá uma limitação na proposta e, além de áreas voltadas naturalmente às questões tecnológicas, outras ideias de empreendedorismo poderão ser atendidas.

No campus local da Unisc, a sala de coworking terá capacidade de atender, presencialmente, entre seis e oito empresas ao mesmo tempo. “Muitos casos é uma pessoa que tem apenas uma ideia. É possível que essa assessoria aconteça em horários alternativos, de forma on-line, então pode ter mais empresas.”

A ideia de ‘incubação’ prevê que esse suporte para desenvolver os planos de negócios dure cerca de um ano e que, neste período, não haja custos para as empresas que serão atendidas. Além de prepará-las, também é feita uma análise de mercado. Ou seja, é verificado se o negócio imaginado pelo empreendedor é realmente viável.