Wickert não se elege como deputado estadual e fica na segunda suplência

Por Luana Schweikart/Folha do Mate

Com 13.470 votos, o ex-prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB), não se elegeu deputado estadual. Deste total de votos, 7.933 foram computados na Capital do Chimarrão, sendo o segundo o mais votado para o cargo na Capital do Chimarrão.

Wickert foi o terceiro mais votado entre os candidatos do seu partido. Segundo ele, a expectativa do PSB era conquistar três cadeiras e, com isso, o ex-prefeito garantiria uma vaga.

Essa foi a segunda eleição para deputado estadual que Wickert participou. A última foi em 2014, quando concorreu pelo PT.

Para Wickert, o PSB está enfraquecido neste pleito, muito devido à desistência de Beto Albuquerque na corrida ao Governo do Estado, o que refletiu em 50% a 60% de votos a menos do que era esperado no Rio Grande do Sul.

O resultado, segundo ele, também se deve à polarização nacional, que levou as bancadas do PT e PL – partidos dos dois candidatos à presidência mais votados – a conseguiram mais votos. “Foi uma eleição atípica, de momento e votos de última hora que fizeram a diferença. Nós, que estamos ‘no meio’, saímos prejudicados. Agora é sentar e avaliar.”

Venâncio Aires

Pelos cálculos iniciais, Wickert imaginava que somente em Venâncio os três candidatos fariam em torno de 40 a 42 mil votos, mas esse número chegou a 26 mil, enquanto o município tem mais de 53 mil eleitores. “A cada 100 eleitores, apenas 50 votaram em um dos três candidatos locais”, analisa.

Wickert também comentou o resultado do candidato Airton Artus, que foi o mais votado em Venâncio Aires. Segundo ele, desde 2020 Artus já indicava que seria candidato a deputado estadual, enquanto ainda estava se decidindo sobre a possibilidade de se candidatar.

Lição que fica

Depois de mais uma eleição sem deputados eleitos em Venâncio, Wickert enfatiza: “fica mais uma lição, para daqui a quatro anos estarmos em um novo momento e não, mais uma vez, chegar somente perto.” Ele defende que seja criada uma unidade entre os eleitores e também entre os candidatos. “O futuro a Deus pertence, mas sempre estou à disposição da comunidade. Desejo sorte aos demais e vamos continuar lutando”, disse Wickert, quando foi perguntado se, nos próximos anos, pretende se candidatar novamente.

“Temos que estruturar uma unidade. Nunca fiz uma campanha individualista. Se não votassem em mim, que pelo menos votassem em um candidato que daria foco para Venâncio. Afinal, nós três queríamos a mesma coisa.”
GIOVANE WICKERT

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