‘Do amor à dor: como romper o ciclo?’, esse é o questionamento que norteia o trabalho de pesquisa dos alunos do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro II, de Linha Hansel. Os estudantes buscam aprofundar o entendimento sobre a temática e a diminuir o índice do crime em Venâncio Aires. Na última semana, a pedido dos adolescentes, a capitã da Brigada Militar, Michele Vargas, conduziu um bate-papo no educandário.
Durante a fala, a policial evidenciou a preocupação com as mulheres da zona rural do município, que são maioria nos casos de violência doméstica. Isso porque a distância prejudica a busca de ajuda. Ainda conforme a capitã, o trabalho realizado nas escolas auxilia a combater o crime. “Temos uma cultura muito forte e através dos adolescentes, que são o nosso futuro, é possível passar esse conhecimento para que compreendam e levem essa informação para os lares e para a vida. Para nós é de grande relevância debater esse assunto, pois incide em uma ruptura da cultura patriarcal.”
Para mudar esse comportamento, a luta ganhou mais aliados. A estudante Laura Gregory tem 15 anos e está atenta aos comportamentos que podem levar à violência contra a mulher. “A nossa função é conversar com as pessoas e alertá-las, para que possamos diminuir os índices. A intenção é atingir o maior número de mulheres, pois às vezes elas vivem nessa situação durante muitos anos e não se dão conta. É a situação da avó, que passa para a mãe e aquilo é naturalizado”
Para o projeto, os alunos realizaram pesquisas de leis, textos e notícias sobre o assunto. Também serão feitas entrevistas com órgãos competentes e com vítimas. As informações colhidas serão publicadas na conta do Instagram “Do amor à dor”. A professora coordenadora da pesquisa relatou que o trabalho será exposto na mostra interna da escola que ocorrerá em junho e, se aprovado, irá para a Mostra Municipal de Pesquisa e Inovação (Mompi) e demais feiras da região.
O Centro de Referência de Assistência Social (Creas) presta auxílio às mulheres vítimas de violência. Em casos de medida protetiva, os assistentes sociais e os psicólogos realizam visitas domiciliares, com o objetivo de acolher a mulher e orientá-la. (Fonte: AI Prefeitura)