EM ÁUDIO: Venâncio mantém ações de vigilância sobre gripe aviária

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado confirmou, na segunda-feira, 29, a detecção de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves silvestres localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, em Santa Vitória do Palmar. Foi o primeiro caso no Rio Grande do Sul desde a chegada do vírus na América do Sul e no Brasil.

A infecção pelo vírus em aves silvestres não afeta a condição do Estado e do país como livre dessa gripe, não impactando o comércio de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo.

Assim como em todo o estado, Venâncio Aires se mantém vigilante para síndrome respiratória nervosa de aves e são, até o momento, seis ações de vigilância ativa e nove ações de educação sanitária, tanto na parte urbana, quanto no interior, como nas regiões de Vila Arlindo, Estância Nova, Teresinha e Palanque, em locais onde podem ter aves aquáticas, como em rios, açudes e ambientes alagados.

Segundo Antônio Werner, do Departamento de Defesa Agropecuária de Venâncio Aires, esse movimento não é motivo para pânico, mas de atenção. “A gripe aviária é uma das doenças foco do Programa Nacional de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura. É uma doença que há anos o estado é vigilante e essas vistorias nas reservas ecológicas, que são sítios de aves migratórias, já ocorrem há muito tempo”, explicou o fiscal agropecuário, durante participação no programa Terra em Uma Hora da Terra FM 105.1, na terça, 30.

O também fiscal agropecuário, João Juliano Pinheiro, destacou que, todo o cuidado é para que a doença não chegue na agricultura de subsistência e nas aves comerciais. “Depende do apoio de todos que têm aves em casa ou tenham criação para evitar que essas aves silvestres entrem em contato com as domésticas. Perigo é se for transmitido para criação e assim mudaria o status do país. Quem identificar animais doentes, não chegue perto, nem manipule. Observe e, se tiver alta mortalidade, procure informar.”

Avicultura

Embora o foco sejam as aves silvestres e migratórias, o assunto tem gerado dúvidas da população quanto ao consumo e mesmo na produção avícola. Em Venâncio Aires, por exemplo, o setor é o segundo mais rentável dentro do Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA) e são quase 40 aviários em produção e cerca de 11,5 milhões de animais por ano. “Não há motivo para se preocupar com o consumo das aves. Essa doença não é transmitida através de ovos e da carne. Já a transmissão para pessoas se dá pelo contato com aves doentes, principalmente pela via respiratória. Por isso, não cheguem perto, nem manipule, caso observe algum animal doente”, orientou Pinheiro.

Recentemente, ambos os profissionais de Venâncio Aires participaram de ações na fronteira gaúcha e por sítios migratórios. “O estado é rota migratória, inclusive na vigilância ativa para subsistência, fizemos coleta de aves em Rio Pardo e em Venâncio. Não que as aves pousem aqui, mas é passagem. Esse trabalho é feito desde novembro, quando começaram os focos na América do Sul, então se faz a educação sanitária na rotina para todas as doenças”, completou Antônio Werner.

Fique alerta

  • O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul tem divulgado um material informativo sobre a gripe aviária.
  • O material faz referência aos sintomas que devem ser observados: aves com dificuldade respiratória, secreção nasal e ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres.
  • Para os casos suspeitos, a orientação é informar diretamente na Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou através do WhatsApp (51) 98445-2033. Em Venâncio, o contato é o 3741-2639.

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