Direção e corpo clínico reforça necessidade de maior aporte financeiro do Estado para a abertura da UTI Pediátrica

Em entrevista ao programa Terra em Uma Hora, da Terra FM, desta quarta-feira, dia 8, direção e o corpo clínico do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) reafirmaram da importância da abertura da UTI Pediátrica, porém com a ressalva de que o projeto ganhe do Estado valores mais elevados para custear a despesa mensal. Destacaram o tema o administrador do HSSM, Fernando Siqueira, e o diretor clínico da casa de saúde, médico Wladimir Scalcon de Moraes.

Localmente se defende que a equipação e custeio mensal da UTI fiquei em R$ 470 mil, mas o Estado, entretanto, oferece agora custeio mensal de R$ 205 mil (R$40 mil oriundos do programa Assistir e mais R$ 165 mil de custeio até a habilitação final do Ministério da Saúde).

Corpo clínico e diretoria também manifestaram a não concordância com a utilização do valor de R$1,25 milhão anunciado pelo Governo Federal como socorro aos Hospitais no custeio da UTI, conforme sugerido pelo Governo do Estado. A dupla ressaltou que o valor é fundamental para o equilíbrio financeiro do HSSM, causado especialmente pelo deficit da tabela SUS.

Com o impasse gerado, comitiva local busca novo encontro com o Governo do Estado, através da secretária da Saúde, Arita Bergmann, e o governador Eduardo Leite, visando avançar nas negociações de custeio da UTI para garantir o prazo de abertura do serviço no município ainda no mês de abril.

NOTA DE ESCLARECIMENTO PÚBLICO

Os médicos que atuam junto ao hospital São Sebastião Mártir não podem deixar de manifestar sua preocupação diante da abertura da UTI Pediátrica nas dependências do HSSM sem a definição de onde virão os recursos necessários para a manutenção deste novo serviço. Visto que mais uma vez o único hospital da cidade enfrenta grave crise financeira acumulando um déficit mensal de 700 mil reais.

Reconhecemos o valor e a importância de uma unidade especializada no atendimento de pacientes gravemente enfermos especialmente crianças. Sabemos que a presença de mais um serviço especializado voltado desta vez ao atendimento infantil atrairá novos profissionais especialistas para o município contribuído para qualificar ainda mais o corpo clínico do HSSM.

No entanto, nos parece inapropriado no contexto atual abrir uma nova unidade dentro das dependências do hospital que não consegue muitas vezes quitar em dia o pagamento dos funcionários , prestadores de serviços e fornecedores e nem consegue garantir a manutenção de sua estrutura física. Recentemente foi necessário a realização de uma campanha para arrecadar recursos para o conserto de avarias no telhado da cozinha com risco de desabamento.

A inclusão de mais um serviço na conta do hospital sem definição da fonte para o seu custeio implicará o aumento do déficit com sério risco de inviabilizar o funcionamento dos serviços já existentes

Reiteramos que de forma alguma somos contrários ao funcionamento da UTI pediátrica . Sabemos da necessidade destes leitos para suprir o déficit crônico de leitos do Estado para atendimento de crianças que necessitam de suporte intensivo para manutenção da vida.

Hoje, o corpo clínico se une à administração do hospital e aos gestores municipais da saúde para pedir socorro financeiro para o nosso hospital , pois entendemos que sem recurso mensal garantido será inviável o funcionamento da UTI pediátrica sob risco do HSSM fechar suas portas .

Recomendamos fortemente que a população de Venâncio Aires e dos municípios vizinhos esteja atenta sobre a dramática situação financeira do nosso único hospital e que contribua positivamente para encontrar soluções.

Drº Wladimir Scalcon de Moraes – Diretor Clínico HSSM
Drº Paulo Romeo Abrahão – Diretor Técnico HSSM
Drª Jacqueline Abel Balestrin Froemming – presidente AMVA
Drº Giuliano Steil – Delegado Simers

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