Os delegados e delegadas da Polícia Civil do Rio Grande do Sul decidem fazer um protesto devido a falta de reajuste salarial da categoria. Por isso, os profissionais vão reduzir o número de operações e não divulgar mais detalhes de operações policiais e número de prisões para a imprensa e em redes sociais, bem como não conceder mais entrevistas aos órgãos de imprensa.
A Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep) anuncia que o associado que não cumprir está sujeito a comissão de ética da entidade. A medida, decidida em Assembleia Geral da categoria, realizada na sexta-feira, 27, com participação de centenas de delegados é uma forma de protesto pela inexistência de diálogo com o governador Eduardo Leite no sentido de negociação e valorização da carreira. O tensionamento mostra também a insatisfação que vem crescendo entre servidores da área da segurança pública com o governador Eduardo Leite que não recebe as categorias para negociar.
“Estamos trabalhando muito e não somos valorizados. Então, não divulgaremos operações, reduziremos o número de operações e não mais faremos entrevista. Delegadas, delegados, os policiais civis como um todo, são responsáveis por uma área da segurança pública que mais entrega para a sociedade gaúcha. O governo de Eduardo Leite sequer nos recebe para negociar um plano de valorização salarial”, destaca o presidente da Asdep, delegado Guilherme Wondracek.
Na tarde da terça-feira, 24, foram aprovados reajuste de 12,36% somente para servidores vinculados ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), Tribunal de Justiça Militar (TJM), Ministério Público (MP-RS), Defensoria Pública do Estado e Assembleia Legislativa.
A categoria ainda promete realizar audiências com parlamentares e nas Câmaras de Vereadores do interior e região metropolitana para detalhar a situação.
Fonte: AI Asdep