O terceiro ano consecutivo de seca agrava as condições dos ervais na região. A falta de umidade no solo ocasiona o estresse hídrico da planta e consequente perda de produtividade. Apesar de considerada mais resistente, a falta de chuva e o excesso de calor podem levar à quebra de 20% na safra de erva-mate. A estimativa foi apresentada pelo coordenador técnico do Programa Gaúcho para a Qualidade e Valorização da Erva-mate, engenheiro agrônomo Ilvandro Barreto de Melo, em entrevista ao programa Terra em Uma Hora, da Terra FM.
Barreto de Melo explica que devido a maior demanda, existe uma tendência de aumento no valor da arroba de folha verde paga ao produtor, bem como, pelo fato da folha colhida nesse período ter um incremento no percentual do rendimento industrial. Para uma boa colheita, a planta da erva-mate precisa receber uma precipitação pluviométrica entre 1.100 mm a 2.500 mm anuais. De março 2021 a março 2022, os dados apontaram chuvas ao redor de 1.300 mm na região, faixa boa para o cultivo da erva-mate, se bem distribuída, o que não foi o caso.
