No dia seguinte de todo volume de água que formou uma nova enchente em Vila Mariante, a equipe de jornalismo do Jornal Folha do Mate e Rádio Terra FM foi até a localidade para conferir a situação. Agora que a água baixou, os moradores começam a contabilizar os estragos. Logo na entrada de Vila Mariante é impressionante como ficou a oficina de Luís, completamente destruída.
Ele tem o comércio há 30 anos no local e teve a ideia de colocar um macaco hidráulico e levantar um dos seus veículos para a água não pegar. De fato a água não chegou no veículo, mas a força da água levou o telhado da oficina para cima do carro. “O carro ficou debaixo do telhado. Tinha levantado para não pegar água, mas o teto amassou, quebrou para-brisa, quebrou tudo, e um outro veículo ficou todo embaixo da água, e tive perda total.”
Na oficina os materiais de trabalho estão todos espalhados e as paredes quebradas. “Nunca tinha visto coisa assim, fora do comum, em dois meses duas cheias, a outra arrancou duas paredes laterais, cheguei a reconstruir, fiz viga, pilar e essa derrubou tudo de novo.”
Devido a situação e por passar por duas grandes enchentes me pouco mais de dois meses, Luís pensa em deixar a localidade para recomeçar em outro local. “Agora acho que temos que desistir, penso em sair. Mariante vai virar um deserto, piora cada dia mais”, desabafa Luís. Nos planos do mecânico, a intenção é deixar a casa para um dos filhos, o comércio pretende fechar e vai embora para morar em outro lugar.
O morador destaca que recebeu muita ajuda do prefeito de Venâncio Aires Jarbas da Rosa e só tem elogios para ele. Foi ajudado com maquinário, comida, água, tudo que foi preciso. No entanto, ressalta que o valor de R$ 800 prometido pelo Estado, nunca chegou para ninguém.
*Colaborou repórter Ismael Stürmer