EM ÁUDIO: Diretor da Iphae avalia reconhecimento da erva-mate como patrimônio imaterial do RS

A árvore-símbolo do Rio Grande do Sul e matéria-prima do chimarrão foi instituída como primeiro patrimônio imaterial do estado. O reconhecimento foi oficializado na terça-feira, 13, em ato realizado em Porto Alegre. Em entrevista ao programa Terra em Uma Hora, da Terra FM, o diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Renato Savoldi, resaltou que as manifestações da árvore-símbolo do estado são originárias do século XV, com as comunidades dos índios Guaranis.

Com o reconhecimento, o registro ganha uma série de outros estudos, trabalhos para a manutenção e para salvaguardar as referências culturais, que consistem em ações de identificação, apoio e fomento a bens culturais imateriais. Segundo Savoldi, a partir de agora serão realizadas ações a curto, médio e longo prazo. A primeira delas será um seminário com produtores do bem cultural. Também integram as ações a implementação de editais públicos, políticas públicas sustentáveis, estimular programas de turismo e programas educativos nos municípios.
Agora, o Iphae passa a receber demandas da população. “Estaremos aqui recebendo essas demandas e abriremos um diálogo ainda maior para a cultura da erva-mate”, salientou. O inventário cultural será feito por meio de pesquisas e contato com municípios e pesquisadores.

O que é um bem imaterial?

• Quando um bem se torna patrimônio cultural significa que ele tem relevância artística, histórica e social para ser perpetuado. No caso de bens materiais, como conjuntos arquitetônicos, jardins e obras de arte, ocorre o tombamento. Quando se trata de bens de natureza imaterial, tem-se o registro.

• Segundo Renato Savoldi, o conceito de bem imaterial é mais abrangente: “São manifestações culturais que possuem representatividade para um grupo social. Pode ser um dialeto, um idioma, uma atividade culinária, uma festa popular, um rito religioso, um saber ou modo de fazer. São vários elementos culturais que não necessariamente precisam de uma materialidade, mas fazem referência à identidade, à ação e à memória de grupos sociais e étnicos”.

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