Cooprova se manifesta sobre abaixo-assinado que defende redução dos preços dos produtos

Na terça-feira, 6, a Cooperativa de Produtores Rurais de Venâncio Aires (Cooprova) e feirantes emitiram uma nota de esclarecimento referente ao abaixo-assinado virtual, que solicita a redução dos preços dos itens comercializados na feira. “Os preços fixados pela Cooprova estão aumentando constantemente a cada mês, reduzindo significativamente o poder de compra do vale-feira de R$ 53,00, fixado pela Lei Municipal n°7.115/2023”, diz o abaixo-assinado.

O documento virtual destaca ainda que “atualmente, o vale-feira, que surgiu com o intuito de estimular a economia local e a agricultura familiar, está se afastando de sua finalidade original. Além disso, coage os servidores municipais a pagarem mais caro pelos produtos lá comercializados, visto que o vale-feira pode ser utilizado exclusivamente na Feira da Cooprova.” O abaixo-assinado virtual foi criado no dia 31 de maio e até a tarde de ontem, 7, contavam com 156 assinaturas, sendo que a meta é chegar a 200.

A Cooprova esclareceu que a alta dos preços dos itens encontrados na feira se dá pelo incremento nos custos de produção enfrentado nos últimos tempos, como, por exemplo, o valor dos insumos agrícolas, combustíveis e mão de obra. “Um dos principais fatores que têm impactado os preços dos insumos é a variação cambial. Nos últimos meses, temos observado uma desvalorização da moeda nacional em relação a outras moedas”, diz a nota.
Os ciclos específicos de plantio e colheita das culturas e as condições climáticas também foram citados pela cooperativa. “Quando há escassez de oferta, os preços tendem a subir naturalmente devido à maior demanda em relação à oferta disponível.”

Em entrevista à reportagem da Folha do Mate e Terra FM, a vice-presidente da Cooprova, Mônica Moraes, disse que os preços dos produtos também estão elevados no mercado, exceto em dias de oferta. “É aquela lei: faltou mercadoria nas prateleiras, o valor aumenta. Com o aumento da produção, esse valor tende a reduzir”, salienta. Ela ainda observa que há poucos dias as chuvas normalizaram, sendo que alguns cultivos levam de 90 a 120 dias para ficarem prontos na propriedade, agora a tendência é que as demandas de produtos comecem a serem fartas.

O abaixo-assinado virtual ainda diz que a feira está comercializando produtos de fora da Capital do Chimarrão. Em nota, a cooperativa explica que o estatuto da feira permite que os feirantes tragam 30% de produtos de fora para serem comercializados no local.

“Reconhecemos a importância de oferecer alimentos saudáveis e acessíveis para a população, e estamos trabalhando incansavelmente para buscar alternativas que minimizem os impactos desses aumentos nos preços dos produtos. Nosso compromisso é continuar oferecendo produtos frescos, de qualidade e produzidos de forma sustentável. Estamos abertos ao diálogo e valorizamos seu feedback. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, por favor, entre em contato conosco. Estamos aqui para ouvir e trabalhar em conjunto para encontrar soluções que beneficiem a todos”, finaliza a nota.

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