Os quatro denunciados pela morte do bancário Júlio Assmann Marder foram condenados, em sessão realizada nesta terça-feira, 6, no Fórum de Venâncio Aires. Salete de Azevedo, Márcia Rejane Kist Severo, Marcos Roberto Cottes Figueiró e Antônio Alcides Oestreich respondiam pelo crime praticado na noite do dia 26 de outubro de 2017. A sentença ficou em 18 anos de reclusão para Marcos, 16 anos para Márcia, 22 anos para Salete e Antônio foi condenado em 17 anos, nove meses e 18 dias. Todos têm o direito de recorrer à sentença em liberdade.
Marder foi morto com golpes de faca, segundo a denúncia do Ministério Público, desferidos por Antônio. Ainda segundo a denúncia, o crime foi arquitetado por Salete e contou com a ajuda de Márcia e Marcos, para contratar Antônio.
Em plenário, Salete chorou e disse que queria falar, mas estava com medo, principalmente por sua família. Ela disse que não sabia que o companheiro Júlio Marder, possuía um seguro de vida e se manteve calada. A segunda a depôr foi Márcia, que negou qualquer envolvimento no caso, assim como Marcos.
Por último foi ouvido Antônio, que atualmente reside em Alvorada. Ele negou que o crime foi premeditado e voltou a dizer que havia vendido um cavalo para Júlio Marder e que naquele dia foi até a casa dele para cobrar a dívida. Porém, Marder estava armado com uma faca e eles entraram em luta corporal e ele acabou matando o bancário.
No primeiro julgamento, dia 5 de maio de 2019, Salete foi condenada a 22 anos, Márcia e Marcos a 18 anos cada um e Antônio a 2 anos e dois meses. Por entender que a pena de Antônio foi contrária às provas do processo, o promotor Pedro Porto pediu a anulação do julgamento e o Tribunal de Justiça determinou a realização de um novo júri, que foi realizado nesta terça.
Cinco homens e duas mulheres formaram o conselho de sentença. A defesa de Antônio foi feita pela defensora pública Bibiana Arcari do Espírito Santo, da Defensoria itinerante, de Porto Alegre. Salete seguiu sendo defendida pelo criminalista Ezequiel Vetoretti, de Santa Cruz do Sul. Márcia e Figueiró, foram defendidos, novamente, pelo advogado criminalista Gustavo Bretana, de Venâncio. O promotor Pedro Porto atua na acusação e a juíza Cristina Margarete Junqueira presidiu os trabalhos.