Duas propriedades de Venâncio participam de projeto de apoio à produção de ervilhas

Venâncio Aires e Passo do Sobrado estão entre os municípios que participarão do projeto ‘Cooperando com a Diversificação – Implantação de Unidades de Observação da Cultura da Ervilha’. A iniciativa é da Cooperativa Sicredi Vale do Rio Pardo e tem como objetivo apoiar a produção do legume na região.

O primeiro passo para iniciar a proposta foi realizado no dia 26 de maio, quando a Sicredi entregou 10 quilos de ervilha da variedade Max 40 para cinco cooperativas de agricultura familiar da região. Entre elas está a Cooperativa dos Produtores de Venâncio Aires (Cooprova). Cada entidade recebeu dois quilos e pôde distribuir para duas famílias, sendo um quilo para cada.

Segundo a vice-presidente da Cooprova, Mônica Moraes, os agricultores Suellen Tais Keller, de Linha Antão, e Diogo Stumm, de Linha Bem Feita, se disponibilizaram a participar desse experimento. Eles receberão orientações do engenheiro agrônomo da Emater de Santa Cruz do Sul, Edson Paulo Mohr, que fará o acompanhamento técnico desde o plantio até a colheita.

“É uma variedade nova de ervilha, que a princípio, a partir do momento que ela está pronta, tem uma colheita única”, explica. De acordo com Mônica, um dos objetivos de participar dessa iniciativa é no futuro entrar em mercados maiores para a comercialização do legume, além de buscar inserir ele no mercado local.

Ela ressalta que já é de conhecimento das entidades que há empresas em busca de propriedades que trabalhem com esse cultivo na região, especialmente grandes empreendimentos que fazem produtos enlatados e congelados de ervilha. Além disso, outro ponto levado em consideração na hora de aceitar participar do projeto foi o valor nutricional que esse tipo de alimento tem.

“Estamos começando esse experimento para ver como será a produção aqui na nossa região. Futuramente também queremos colocar no mercado local, nas feiras da Cooprova ou, até mesmo, pensar em incluir a ervilha no cardápio do PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar]”, relata.

“Primeiro vamos fazer essas duas lavouras de experimento, para ver como vai ser a produção aqui no município e, depois, vamos tentar ir atrás de mercado. A Cooprova está sendo parceira dessas entidades para tentar, também, diversificar as propriedades rurais do município.”

MÔNICA MORAES – Vice-presidente da Cooprova

Novas oporunidades

Conforme divulgado pela Assessoria de Imprensa da Cooperativa Sicredi, o projeto, que está sendo realizado em parceria com a Unidade de Cooperativismo Emater/Ascar RS, tem como objetivo a geração de novas oportunidades de renda para a agricultura familiar e a produção de alimentos de alto valor nutricional para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e mercados convencionais.

Segundo o analista de Desenvolvimento de Negócios da Sicredi, Jeferson Klunk, a ação busca fornecer novas possibilidades para a economia local. “O objetivo é fazermos um experimento para conhecer uma cultura nova e apoiar os produtores a inovarem nas feiras. A tendência é que a gente consiga multiplicar a produção por meio do trabalho conjunto”, comenta.
O presidente da Sicredi Vale do Rio Pardo, Heitor Álvaro Petry, reitera que a ação faz parte do projeto da cooperativa para apoiar a produção de alimentos e a diversificação de culturas e oportunidades para os agricultores. “É mais uma opção deles agregarem renda, pois para nós é muito importante estar ao lado das cooperativas e dos produtores”, destaca.

Além da Cooprova, participam da iniciativa a Cooperativa Ecovale e a Coopersanta, ambas de Santa Cruz do Sul, a Coopervec, de Vera Cruz, e a Copasvale, de Passo do Sobrado. Elas receberam sementes e terão orientações técnicas da Emater para a implantação da cultura, beneficiamento e comercialização. Os produtores também receberão visitas técnicas de observação e avaliação de resultados.

Diversificação

  • Conforme o engenheiro agrônomo da Emater de Santa Cruz do Sul, Edson Paulo Mohr, a variedade de ervilha MAX 40 é uma boa opção de diversificação no inverno, podendo ser sucedida por culturas de verão como milho, tabaco, aipim e batata.
  • A colheita das vagens é executada em uma operação, seguido da debulha e congelamento e as folhas e ramas podem ser utilizadas para alimentação animal.
  • “O que nós queremos é diversificar a agricultura da nossa região como fonte de renda e também para proporcionar um alimento mais diferenciado para os agricultores e até para a alimentação escolar, pois muitas destas cooperativas fornecem alimentos para as escolas”, explica.

* Com informações da Assessoria de Imprensa da Sicredi Vale do Rio Pardo

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