Desde setembro do ano passado até janeiro deste ano, mais de dois milhões de litros de água potável já foram levados pelas equipes da Prefeitura a mais de 200 famílias venâncio-airenses. A demanda se intensificou com o agravamento da estiagem, neste verão e a realidade em muitas propriedades é a falta do produto para necessidades essenciais, como consumo humano e higiene, além da falta também para os animais. Equipes da Prefeitura trabalham em três turnos diários, com três caminhões-pipa abastecendo caixas d´água, reservatórios e poços, em todas as localidades do município.
Receber a equipe da Patrulha Agrícola é realidade desde setembro de 2022 para a família da Angélica Mariane Gullich, que mora em Linha Ponte Queimada. O poço artesiano da propriedade que abastece também a família da cunhada da Angélica secou e falta água para tudo nas duas casas. Com o filho Matheus, de um ano e dois meses, no colo, a dona de casa relatou as dificuldades do dia-a-dia para cozinhar, limpar a casa, tomar banho, e cuidar do filho pequeno. “O Matheus está começando a caminhar, brinca muito pelo chão e acaba se sujando o tempo todo. Fico com pena porque ele ama tomar banho e sempre preciso fazer tudo muito rápido, porque sei que essa água vai faltar para fazer comida pra ele”, destaca Angélica. Na tarde da quinta-feira, 26, quando a equipe da Patrulha Agrícola esteve na localidade, chegou também um pouco de chuva e segundo ela, a esperança se renova. “É bom ver essa água chegando. A gente se acalma um pouco”, disse ela.
De acordo com o coordenador da Patrulha Agrícola, Rodrigo Garin, já são mais de 20 pedidos diários atendidos pelas equipes. Segundo ele, as localidades mais afetadas no interior, são: Linha Estância Nova, Estância São José, Cerro dos bois, Ponte Queimada, Linha Coronel Brito, Campo Grande, Rincão de Souza, Taquari Mirim, Vila Mariante, Picada Nova, Picada Mariante, Chafariz, Linha Herval, Vila Palanque, Linha Hansel, Linha Tangerinas, Linha Isabel, Marechal Floriano, Antão, Esperança, Santos Filho, Sexto Regimento, Cipó, Cachoeira, Marmeleiro e Alto Paredão Pires. No entanto, bairros como Santa Tecla e Gressler, também estão entre as regiões que precisam de água dos caminhões-pipas.
Em Linha Marmeleiro, uma das propriedades abastecidas semanalmente com água potável levada pela Prefeitura, é da agricultora Simone Graciela Pinto. Há mais de dois meses sem água no poço cacimba, ela precisa se virar pra fazer render a água para preparar as refeições da família de seis pessoas, limpar a casa, lavar roupas, dar aos animais e os banhos. A família tem a situação agravada pela deficiência visual do pai da Simone que o torna depende dos cuidados da filha e da irmã de 12 anos que possui necessidades especiais.
Caixas d’água
Outra forma que a Prefeitura tem de ajudar as famílias que estão sem água é com a distribuição de caixas d´água. Conforme o secretário de Habitação e Desenvolvimento Social, Ricardo Landim, até agora já foram mais de 100 reservatórios distribuídos na cidade e no interior, com capacidade da armazenar de mil a três mil litros.
Nos próximos dias a Prefeitura estará colocando o quarto caminhão para ajudar na entrega de água. “A água que entregamos é tratada pela Corsan. Mas a gente oferece um frasco com hipoclorito de sódio para quem tem os poços cacimba, os poços de chão, repassando as orientações da Secretaria da Saúde para que sejam adicionadas duas gotas para cada litro de água, deixar a solução agir por meia hora, para poder então consumir a água”, destaca o coordenador da Patrulha Agrícola, Rodrigo Garin.
Fonte: AI Prefeitura